
Publicado Dez 01, 2024
TEAr: sobre afetos, artes e detalhes
Gabriela Garcia de Carvalho Laguna
Instituto Multidisciplinar em Saúde da Universidade Federal da Bahia
RESUMO
Não é raro que mulheres autistas sejam diagnosticadas tardiamente, sobretudo quando não apresentam déficit intelectual e prejuízo da linguagem funcional, devido a capacidade de desenvolvimento de estratégias compensatórias para algumas dificuldades e de mascaramento de características que o tornariam mais evidente. Isso, contudo, não nos isenta de dificuldades substanciais na vida diária. A neurodivergência pode ser solitária, envolver desafios e medos, mas não é um terreno inóspito; eu considero importante que isso seja reconhecido e abordado por pessoas que nele resistem e existem. Nessa perspectiva, apresento-lhes um artigo descritivo, do tipo relato de experiência, sobre minhas vivências enquanto mulher autista, atravessadas por afetos, artes e detalhes. Sendo a arte, em suas diversas formas, meio para a expressão de sentimentos e pensamentos, descoberta, participação e construção de vínculo; reflito sobre a importância dela e dos afetos para meu autoconhecimento, cuidado, construção de perspectivas e desejo de promover experiências positivas às pessoas que fazem parte e às que ainda vão chegar em minha vida.
Palavras-chave: Transtorno do Espectro Autista; Arte; Saúde mental.
Como citar
Laguna, G. G. de C. (2024). TEAr: sobre afetos, artes e detalhes. Revista Neurodiversidade, 5(1), 1-14.
Edição
V. 5, n. 1 (2024): Revista Neurodiversidade (ISSN 2764-5622)
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