Publicado Dez 01, 2024
Neurociência, Arquitetura e Transtorno do Espectro Autista (TEA): como a Neurociência aplicada à Arquitetura pode contribuir para a aceitação do diagnóstico de TEA pelas famílias de indivíduos autistas
Regina Meletti
Universidade Federal Fluminense
RESUMO
Esse trabalho se propõe a discutir, através de uma revisão na literatura existente, como a Neurociência e a Ciência Cognitiva podem contribuir com o trabalho de arquitetos e designers de interiores na criação de ambientes residenciais favoráveis à integração do autista à sua família. O número de diagnósticos de autismo em crianças vem crescendo provavelmente porque agora o conhecimento sobre o transtorno é maior e mais divulgado. Segundo a última estatística do CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças, 2020), 1 em cada 36 crianças até 8 anos de idade é diagnosticado com autismo, nos EUA. E, acredita-se ter mais de 70 milhões de pessoas com autismo no mundo (ONU, 2022). Apesar desses números quase epidêmicos, poucos ou nenhum código e diretriz de construção incluem autismo em suas discussões sobre acessibilidade, inclusão e design universal (Mostafa, 2008). E, ainda é muito difícil receber e aceitar o diagnóstico por parte dos familiares do indivíduo autista. O fato é que o ambiente familiar é o primeiro nível social a que o autista é exposto, e também onde ele sofrerá o primeiro preconceito, seja por falta de informação, por despreparo, por vergonha, negação ou desespero. A harmonia do ambiente familiar é necessária para que todos os membros possam usufruir os benefícios de um lar sensorialmente agradável, possibilitando ter sua saúde preservada e dessa forma poder ter disponibilidade de contribuir no auxílio ao indivíduo autista, nas suas crises sensoriais, na sua adaptação ao espaço e às pessoas ao seu redor.
Palavras-chave: Neurociência; Arquitetura; Autismo; Cérebro; TEA.
Como citar
Meletti, R. (2024). Neurociência, Arquitetura e Transtorno do Espectro Autista (TEA): como a Neurociência aplicada à Arquitetura pode contribuir para a aceitação do diagnóstico de TEA pelas famílias de indivíduos autistas. Revista Neurodiversidade, 5(1), 1-11.
Edição
V. 5, n. 1 (2024): Revista Neurodiversidade (ISSN 2764-5622)
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